quinta-feira, junho 04, 2015

Borboletas



Tirou sua armadura, sentou-se na cama. Um turbilhão de duvidas pairava sua sobre sua cabeça. Lembrou-se da infância, sentia saudades de como corria pela quintal, atrás de borboletas, ou procurando joaninhas vermelhinhas na terra, mas lembrou-se que já não tinha mais nove anos, e que por mais que agora queria correr atrás das borboletas, nem todas pousam no seu jardim, e que já não se encontra tanta joaninhas faceis assim. Quando criança imagina a vida adulta muito mais fácil e mais tranquila, e que com um pouco de garra e determinação conseguiria alcançar todas as coisas que imaginava querer. Mas nem sempre foi assim, nem tudo ela consegui ainda. Apertou o travesseiro com força, mas decidiu que não ia chorar, lembrou dos conselhos da avó, que a vida é vivida passo a passo, e que tudo é consequência. Levantou-se rapidamente, nunca foi daquelas que se rendem fácil, abriu o guarda roupa e vestiu-se de esperança. Ela sábia, tinha certeza que a borboleta que tanto tentava encontrar pousaria no seu jardim, ela só prescisa estar no lugar certo. Então saiu pra viver, viver a vida, contagiar a vida, pra que ela traga a borboleta no lugar certo.

[Noe]

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